Seu bebê está crescendo rápido e suas necessidades alimentares mudam bastante de fase a fase. Confira a seguir como oferecer comida saudável sem entrar em batalhas diárias.
Enjoados para comer
Agora que seu filho está maior, é muito provável que ele se torne uma criança bem diferente do que era na hora de comer. A recusa dos alimentos é típica desta idade.
Enjoados para comer
Agora que seu filho está maior, é muito provável que ele se torne uma criança bem diferente do que era na hora de comer. A recusa dos alimentos é típica desta idade.

Pode ser que na semana passada ele tenha devorado o purê de batata baroa (mandioquinha), e hoje esteja cuspindo por todo lado. Ou então a criança come superbem no almoço, mas no jantar faz praticamente uma greve de fome (ou vice-versa).
Um dos motivos para tamanha inconstância são as mudanças no ritmo de crescimento depois do primeiro aniversário. Do nascimento até fazer 1 ano, seu filho praticamente triplicou de peso, e aumentou de altura em 50 por cento, ou até mais.
Prepare-se, porque agora ele vai começar a engordar entre 1,5 kg e 3 kg... por ano! E o crescimento vai ser mais lento.
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É normal os bebês rechonchudos começarem a "afinar" depois de fazer 1 ano, e isso não é ruim. Só mostra que o corpo está mudando, seguindo as tendências genéticas da família e sofrendo os efeitos da atividade física bem mais intensa.
Além disso, a criança está tão preocupada em explorar o mundo que não sobra tempo nem interesse para pensar em comida.
Uma das soluções é oferecer vários lanchinhos nutritivos durante o dia, em vez de dar um pratão na hora do almoço. Lembre-se de que o estômago da criança ainda é pequeno. Se ela não quiser comer, paciência. Ela não vai morrer de fome, você precisa acreditar nisso com todas as suas forças!
"Casa que tem comida não tem criança desnutrida", já diziam os médicos de antigamente.
Independência com a comida
Se ele não está tão interessado em comer quanto você gostaria, tente não se preocupar tanto, pois seu filho vai acabar comendo o suficiente para se manter. Ele já consegue pegar alguns alimentos com a mão e vai querer aprender a usar a colher, embora tenha problemas para acertar a pontaria.
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Quando a criança está muito esfomeada, pode não ter paciência de tentar comer sozinha, e aí talvez queira ajuda.
O prato já pode ser o mesmo do resto da família -- nada de comidinha especial, a não ser que vocês estejam comendo alguma coisa superapimentada, por exemplo. Procure incluir seu filho nas refeições à mesa com os adultos e crianças maiores.
Com um pouco de orientação e apoio da sua parte, ele também já consegue segurar um copo de treinamento, com tampa, sozinho. O ideal é começar desde já os esforços para largar a mamadeira, no caso de crianças que usam.
Comida saudável
Procure reduzir o quanto conseguir o consumo de alimentos industrializados, muito doces ou gordurosos. Você tem uma enorme vantagem, em especial se não tem filhos mais velhos. Como ele ainda é pequeno, se não experimentar alguma coisa hiperdoce (como uma barra de chocolate), não vai ficar hipnotizado tão cedo.
E se realmente for dar um doce, ofereça só de vez em quando, não todo dia, como algo parte da rotina.
O paladar da criança está se formando. É uma ótima fase para iniciar uma boa educação alimentar. Vale a pena expô-la apenas a sabores mais suaves, naturais e frescos, em vez de acostumá-lo a temperos fortes e artificiais.
Os especialistas recomendam o leite materno até pelo menos 2 anos, portanto você pode continuar amamentando, mesmo que com ritmo e frequência diferentes.
Não se sinta pressionada a desmamar e respeite o seu tempo, assim como o do seu filho.
Depois do primeiro aniversário, o leite de vaca integral, comum, do supermercado, está liberado (se for fresco precisa ferver por três minutos). Ou você pode adotar fórmulas infantis em pó enriquecidas com ferro e vitaminas.
Leite semidesnatado ou desnatado não possui a quantidade necessária de calorias ou nutrientes para esta faixa etária.
Procure oferecer entre 350 ml e 450 ml de leite por dia, não mais do que isso. O excesso de leite não vai deixar espaço para outros alimentos, que possuem nutrientes igualmente necessários, e pode também comprometer a absorção do ferro.
Se seu filho não gosta de leite, tente oferecer outros derivados, como mingau de aveia, queijo, requeijão ou iogurte natural misturado com pedaços de frutas.
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Como deixar a comida interessante
Vale a pena apelar para a criatividade: você pode criar uma "paisagem", com árvores de brócolis, um rio de feijão e uma montanha de purê de batata. Outra ideia é cortar sanduíches com cortadores de biscoito, em formatos divertidos.
Procure sempre incluir frutas e vegetais junto aos alimentos favoritos, para estimular uma dieta variada e mostrar que eles também fazem parte das refeições.
Faça bastante festa quando seu filho demonstrar que gostou de algum alimento. Conte para todo mundo como ele comeu bem, e ao mesmo tempo continue oferecendo novidades.
Guia prático para a alimentação
Veja a seguir um guia amplo do que oferecer nesta fase:
Leite materno, integral ou tipo A: pode ser o comum, do supermercado, ou fórmulas infantis
Outros derivados de leite: queijos, iogurte natural, requeijão
Cereais fortificados com ferro
Carboidratos integrais, como macarrão, pão e arroz
Frutas (até as mais ácidas, como abacaxi ou morango)
Verduras e legumes
Proteínas, como ovos, feijão, carne, frango, peixe e tofu
Sucos naturais
Mel já pode ser dado, com frutas ou na colherinha. Prefira um mel de procedência conhecida
Não dê muitas comidas novas ao mesmo tempo, para você poder ficar de olho em possíveis reações alérgicas. E como os engasgos ainda são um risco, tenha em mente que alimentos evitar.
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